quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Distância...

Essa semana eu dei uma grande animada (acho que foi depois do susto do final de semana), nem reclamei de Muriaé, o trabalho estava uma maravilha (aliás, estava o máximo de maravilha que dá), estou bolando uma festinha surpresa para Mamily e fiz várias coisas que estavam sendo proteladas, resumo: minha semana rendeu bem mais do que as outras tem rendido.

Mas agora à noite fiquei meio desanimada já que, devido à distância, eu não posso ajudar algumas das minhas pessoas mais queridas. Pelo menos três amigos estão passando por situações bem difíceis ou estressantes e eu gostaria muito de estar perto, para poder ajudá-los.

Estou me sentindo tão inútil, desnecessária e, principalmente, mal posicionada! srs Se nesse momento eu estivesse em Teresópolis, eu poderia estar ajudando MUITO mais!

Poxa... é tão ruim não podermos estender a mão e sermos úteis para quem amamos, não é?

Queria estar ai com vcs em corpo, pois minha mente já está ai faz um tempão!

sábado, 2 de outubro de 2010

Morte, sentimentos estranhos

Acordei hoje com o meu dia todo organizado, afazeres de manhã e à tarde e compromisso à noite, tudo certinho. Porém antes das oito da manhã toca meu celular e eu fui atender toda alegrinha, crente que era meu paciente pescador que tinha me prometido uns peixes para essa manhã, mas não, a voz do outro lado simplesmente falou: "Diana, minha mãe morreu".

Putaquepariu, quase morri junto! Que sentimento horrível, uma falta de ar, uma opressão no peito, fiquei pálida na hora, Mamily disse que parecia que eu ia desmaiar.

Pera ai, como assim?

Para entenderem, eu atendo várias pessoas de uma mesma família e, por eles gostarem muito de mim, quando algo relacionado à saúde ocorre eles me procuram para eu lidar com as emergências. Essa semana não foi diferente, tínhamos combinado uma consulta na sexta-feira, porém me ligaram na quinta para eu adiantar a consulta já que a mãe da minha paciente estava passando mal.

Tá, conversamos muito e eu resolvi que não iria colocar agulha pois eu não estava concordando com o diagnóstico médico feito previamente (na madrugada anterior) no PS. Então, pedi para ela refazer o exame e a encaminhei para um especialista imediatamente.

Nessa hora eu tenho muito que agradecer a Deus, pois eu estava perfeitamente correta e, graças a Ele tb, dessa vez ela foi corretamente diagnosticada. Pronto, todos felizes. Até essa madrugada, onde ela simplesmente infartou e morreu.

Morreu. E daí surgiu o trágico telefonema.

Nem preciso falar como estava o cemitério. Todos desconsolados, como uma mulher que fez jantar, se sentindo BEM, quarenta minutos depois estava morta? Morta!

É... nesses últimos tempos tenho andado meio em crise existencial, dado valor à coisas erradas, dado uma importância vital à coisas não vitais, tenho adiado decisões e tenho, praticamente, tido medo de viver. É... é só em momentos de crise que tomamos a porrada e vemos as besteiras que estamos fazendo e, principalmente, pensando.

Nossa, como erramos! Como desperdiçamos energia em coisas erradamente supervalorizadas!

Estou me sentindo mal e ainda não consigo respirar direito. Estou preocupada com os que estão sofrendo. Mas como tudo na vida, sempre sobra algo bom, caiu minha ficha sobre as INÚMERAS besteiras que tenho pensado.